UGT realiza, quinta, encontro para debater formas de combate a mais um ataque do governo Bolsonaro aos direitos dos trabalhadores

04/09/2019

 O presidente Jair Bolsonaro criou na sexta-feira (30) o que seu governo chamou de Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet), iniciativa da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho.  O grupo tem o objetivo de preparar uma nova “reforma” Trabalhista sendo que um dos principais pontos é o fim da unicidade sindical. O GAET é capitaneado pelo secretário, Rogério Marinho e coordenado pelo Ministro do TST, Ives Gandra Martins da Silva Filho, ex-presidente do TST, na época da “reforma trabalhista”.

 
“Hoje, a lei permite apenas uma entidade por base territorial – por município, região, estado ou país. Com isso, a meta é promover a pluralidade sindical no Brasil. A reforma de Temer já alterou regras para as entidades e acabou com o imposto sindical obrigatório. Agora querem dar mais um golpe nos trabalhadores, ” ressalta o presidente da Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira.
 
Para ele está claro que o intuito é o de enfraquecer a representação dos trabalhadores diante da nova rodada de mudanças nas leis trabalhistas, em que o governo estuda alterar ainda normas de segurança e saúde no trabalho e ampliar mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
 
 
UGT promove debate sobre o assunto e convoca representantes sindicais
 
Entendendo a delicadeza do momento, a União Geral dos Trabalhadores, Unidade São Paulo (UGT - SÃO PAULO) realiza, nesta quinta-feira, dia 5 de setembro, o encontro denominado: “MANHÃ DE DEBATES SOBRE A REFORMA SINDICAL”. O evento será realizado em AVARÉ, das 10 às 14 horas, e contará com a participação de especialistas nos temas e debates com sindicalistas das entidades filiadas. De acordo com o presidente da UGT-São Paulo, Amauri Mortágua, o objetivo é definir um planejamento de lutas e ações, bem como a discussão sobre “a possibilidade de construção de um projeto alternativo ao do governo que contemple o “Sindicalismo que queremos”, ou seja, a modernização do sistema, mas não o fim como quer o governo”.
 
Edison de Oliveira complementa que o que o governo Bolsonaro quer são sindicatos financiados por empresas, porque na verdade, ao criar a pluralidade vai pulverizar as entidades, resultando na divisão dos trabalhadores. “Ou seja, dividindo os trabalhadores ficará mais fácil a adoção das políticas que têm sido nefastas aos direitos de trabalhadores e trabalhadoras”, adverte ele, destacando que a Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, vai participar ativamente dos debates sobre o tema.
Os sindicatos interessados em participar do Encontro devem entrar em contato com a UGT-São Paulo. Informações podem ser obtidas no site da entidade: http://www.ugt.org.br/index.php/estaduais/948-Sao-Paulo.

Telefone: (19) 3397-0993
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