Dia dos Direitos Humanos: a luta pela fim da desigualdade tem que ser constante

10/12/2019

 No dia 10 de dezembro de 1948 a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O documento foi elaborado entre janeiro de 1947 e dezembro de 1948. O objetivo era formar uma base para os direitos humanos em todo o mundo e representou uma mudança significativa de direção a partir de eventos como a Segunda Guerra Mundial e o colonialismo que imperava na época.

 
Setenta anos depois quantos avanços? Alguns, mas poucos diante da quantidade de pessoas que ainda não têm acesso de saúde, educação, moradia digna e uma série de direitos sociais. A Declaração Mundial dos Direitos Humanos abrange os direitos políticos e civis, como o direito à vida e a liberdade de expressão. Além desses, também inclui os direitos culturais, econômicos e sociais.
 
A professora de filosofia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e membro do Conselho Estadual dos Direitos Humanos, Claudia Murta, afirma que a luta é necessária para fornecer a perspectiva de acesso à cultura, dignidade, saúde e educação para todos e não somente aos mais privilegiados.
 
“Se as leias existem para proteger, a gente tem que fazer valer as diferenças, porque nem todo mundo parte do mesmo privilégio. As pessoas vulneráveis, em certas situações, ficam mais vulneráveis ainda, então temos que protegê-las. O acesso à cultura, saúde, educação é para todos e as ação dos direitos humanos vêm na perspectiva de garantir isso”, explicou.
 
No estado a declaração dos direitos humanos é desenvolvida a partir da Secretaria de Estado de Direitos Humanos em conjunto ao Conselho Estadual que é composto pela a sociedade civil que faz a sua participação a partir da vigilância e da regulamentação da garantia desses direitos. “A gente, como conselho procura, vê, percebe e trabalhar para que os direitos humanos sejam garantidos. A ação do conselho é receber denuncias e fazer uma vigilância. Isso é uma ação voluntária de quem trabalha em prol dos direitos humanos. Os profissionais envolvidos abrangem várias áreas, eu sou filósofa, mas tem gente de todas as áreas”.
 
Nesse ano, o tema debatido e abordado pelo conselho de direitos humanos é a humanização como um todo. Com o objetivo de gerar oportunidades de informações para todos, o Conselho realiza nessa semana um simpósio no norte do estado, em São Mateus, sobre a humanização nas atividades diárias e profissionais, entre outros assuntos. “Nessa semana dos direitos humanos, um dos objetivos é eliminar a desigualdade e agir onde está acontecendo alguma violação. Não só no campo da denúncia, mas também na saúde e na educação. Precisamos educar as pessoas sobre a diversidade”, afirma a especialista.
 
 
 
Fonte: ES Hoje

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