Funcionários aprovam "estado de greve" no Hospital São José de Barra Bonita e deixam em aberto a possibilidade de cruzarem os braços em fevereiro se salários não forem pagos no dia

23/01/2020

 O Sindicato da Saúde de Jaú e Região realizou na terça-feira (21/01) assembleia com trabalhadores do Hospital São José de Barra Bonita. Dezenas de funcionários estiveram presentes na frente do hospital às 17h, mas muitos não participaram temendo represálias da direção, que determinava para que ninguém saísse de seus setores.


Com o aval dos trabalhadores para se chegar à greve o Sindicato vai preparar a documentação necessária para que eventual greve seja deflagrada a partir do quinto dia útil de fevereiro se ocorrer novo atraso no pagamento. O hospital fez o pagamento de dezembro na noite de segunda-feira, com 15 dias de atraso. “Só fez o pagamento após tomar conhecimento de que seria realizada a assembleia”, comentou a presidente do Sindicato, Edna Alves. Mesmo assim a assembleia foi mantida.

 

Edna falou da situação sobre o atraso frequente no pagamento dos salários, do não pagamento das férias em dia e do atraso na entrega da cesta básica e do vale transporte. Ela disse que uma greve tem trâmites a serem seguidos. Com a votação aprovando o estado de greve, está autorizada a paralisação no próximo mês caso ocorra novo atraso no pagamento de salários.

 

“Atrasos não estão ocorrendo só agora. Vem há mais de um ano. Desta vez o pagamento de dezembro saiu com 15 dias de atraso. A cesta básica não foi entregue. Funcionário sai de férias não está recebendo. O hospital está descumprindo a convenção coletiva. Queremos uma data fixa para pagamento dos salários, queremos cesta básica no prazo, queremos que o vale transporte seja entregue em dia aos trabalhadores”, comentou Edna Alves.

 

Segundo ela, funcionários foram coagidos a não sair do setor e a não participar da assembleia. “Quem se sentir pressionado, comunique o sindicato ou vá até a Delegacia fazer boletim de ocorrência por assédio moral. E não assinem documento algum sem a presença do sindicato”, alertou a dirigente.

 

Sobre represália, ela cita o caso do diretor Luis Antonio Ferreira, motorista no hospital, que foi afastado porque se recusou a levar paciente para outra cidade em perua com defeitos mecânicos.

 

Fonte: Sindicato da Saúde de Jaú

 

Sobre chegar a decretar a greve, Edna diz que é preciso comunicar autoridades, receber a lista de escala dos funcionários para definir a escala mínima prevista na legislação. Após a votação abrir espaço para a greve os funcionários poderão a qualquer momento paralisar as atividades caso ocorram novos atrasos. “Deixamos a população esclarecida para que fique alerta para a adesão dos funcionários a esse estado de greve."

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