Decreto que autoriza reforço de militares ao INSS ainda não foi publicado

23/01/2020

 O governo ainda não publicou o decreto que autoriza militares a reforçar o atendimento nos postos do INSS uma semana depois do anúncio da medida. A previsão agora é que as regras saiam até o início da semana que vem.

 
A fila no Amapá chega a quase seis mil processos à espera de uma resposta do INSS. A filha da servente Suane Silva já está com quatro meses e ela ainda tenta receber o auxílio-maternidade.
 
“Já gastei com fralda, produtos de higiene, tudo que um bebê precisa nessa fase. Tudo isso requer dinheiro, que a gente precisa e infelizmente não tem”.
 
Em todo o país, cerca de 1,9 milhão de pedidos estão atrasados. Praticamente nada mudou desde a semana passada, quando o governo anunciou as medidas para tentar reduzir esse estoque, a principal delas, convocar até sete mil militares que estão na reserva para reforçar o atendimento nas agências.
 
Eles deverão se ocupar de tarefas simples como recepcionar os segurados e fazer triagem de documentos, liberando 2.500 servidores que hoje ocupam essas funções para analisar os processos.
 
Fontes do governo estimam que pode demorar mais seis dias até a publicação de um decreto, com as regras para o trabalho dos militares no INSS. A justificativa é que a lei que permite militares da reserva em trabalhos de civis ainda precisa de regulamentação e os efeitos do reforço também não serão imediatos. Será preciso treinar tanto os militares quanto os servidores do INSS para as novas atividades.
 
 
Para quem tem direito e precisa do dinheiro, cada dia a mais é um sacrifício. É o caso do seu Celso, de 74 anos, que parou de receber a aposentadoria de repente.
 
“O pior que eu sou sozinho e sempre tenho uma reserva e a reserva acabou. Estou comendo arroz com ovo. Fiz a prova de vida, todo ano eu faço, não tem motivo, não morri nem nada, para eles bloquearem”.
 
Os funcionários da agência do INSS disseram ao seu Celso que ele vai voltar a receber a aposentadoria em três dias úteis, mas não explicaram por que houve a suspensão.
 
Fonte: G1

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