Funcionários do Hospital Ouro Verde fizeram na manhã deste sábado (18) uma carreata em protesto à melhores condições de trabalho. Entre as reivindicações, estão o pedido de negociação para aumento salarial, testagem de covid-19 em funcionários, e o apelo para a contratação de novos profissionais.
Os profissionais se reuniram em carros nas ruas próximas ao hospital, e contou com o apoio do Sinsaúde (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviço de Saúde) de Campinas, que saíram nas ruas com bandeiras e entregaram panfletos à pessoas que passavam no local, para conscientização sobre a medida.
"Nós pedimos que a Rede Mario Gatti respeite e atenda as nossas reivindicações para que possamos amparar os trabalhadores da saúde. Fizemos a carreata e caso o hospital não queira negociar as exigências nós iremos avaliar a necessidade de outras medidas", disse o diretor do Sinsaúde, Paulo Sérgio Pereira da Silva.
Em nota, o sindicato disse que o protesto foi necessário tendo em vista que a administradora Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim), que cuida da terceirização dos funcionários, deu resposta negativa às negociações.
Entre os pedidos estavam a antecipação salarial de 2,05%, aumento real de 5%, adicional de insalubridade de grau máximo de 40% para todos os funcionários, pagamento de um abono salarial de R$ 500 enquanto durar a pandemia além de reajuste salarial de 30% no vale refeição e alimentação. Já a testagem para a covid-19 entre os funcionários foi exigida pelo alto risco em que os colaboradores têm em relação à contaminação com o vírus.
Procurada, a prefeitura de Campinas disse que os funcionários são contratados pelo Cejam, que é responsável pelas questões apontadas pelos profissionais. Em nota, o Cejam informou que já iniciou as negociações som o sindicato patronal (Sindhosfil) no começo deste mês, e afirmou que cumpre a legislação trabalhista vigente.
Segundo a empresa, todos os funcionários que apresentam sintomas são submetidos ao teste de PCR que detecta a presença viral, e declarou prestar apoio aos profissionais durante a pandemia.
" O CEJAM preza pela saúde e segurança de seus colaboradores, fornecendo equipamentos de proteção individual necessários para atender às necessidades da unidade e respeitando o tempo de uso recomendado pelos órgãos reguladores, o que inclui máscaras cirúrgicas, máscaras N95, aventais, viseiras, óculos, luvas, etc. Cabe reforçar que a organização mantém um serviço de apoio psicológico para todos os profissionais" .
Fonte: AcidadeOn
Foto: Luciano Claudino/Código19