Sindicato da Saúde de Jaú e UGT-SP participam do lançamento do Comitê de Luta em Bauru

15/07/2022

 Texto e foto: Paulo César Grange/Sind. Saúde de Jaú 

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde  de Jaú e Região esteve quarta-feira (13) em Bauru para marcar presença no lançamento do Comitê Regional de Luta de Bauru, Marília e Ourinhos. O encontro entre sindicalistas e líderes de movimentos sociais foi na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bauru e Região (Sintracom) e contou com cerca de 100 lideranças.

A presidente do nosso Sindicato, Edna Alves, fez parte da mesa representando a UGT-SP, que estava representada no plenário com integrantes dos sindicatos dos comerciários de Jaú e de Bauru e dos bancários de Jaú e região. O sindicato dos sapateiros de Jaú também esteve no lançamento do Comitê, da mesma forma que centrais sindicais como CUT e Força Sindical, e dezenas de outros sindicatos e movimentos sociais de defesa das minorias.

COMITÊ PERMANENTE - Edna Alves disse que “o Comitê de Luta não pode limitar sua atuação apenas à campanha eleitoral. Precisa ter continuidade para que possamos fazer as cobranças necessárias ao novo presidente”, repetindo o “Fora Bolsonaro” e defendendo um governo que resgate os benefícios dos trabalhadores e uma política econômica social.

“A continuidade do Comitê de Luta vai ser benefício para cobrar o governo federal, mas também o estadual e o municipal”, falou Edna, defendendo uma atuação ampla em todas as esferas para que o cidadão possa ser respeitado e o trabalhador seja valorizado. Segundo ela, nos comitês será possível discutir propostas de ações para os Conselhos Municipais de Saúde.

Ela lembrou em seu discurso que os trabalhadores da saúde foram ao combate na pandemia, sofreram na lida dos pacientes com covid e, os próprios trabalhadores, sem a devida proteção, foram contaminados e morreram salvando vidas. Hoje, diz ela, o profissional da saúde está doente, talvez até mais do que os próprios pacientes que precisam cuidar.

Sobre os comitês criados em todo o Estado, Edna Alves considera um marco ao reunir as centrais sindicais, sindicatos e movimentos sociais numa mesma mesa, com o mesmo objetivo. “Isso tira aquela idéia de que somos baderneiros.”

 

BANADA PRO PRESIDENTE – O deputado Emídio de Souza (PT) participou do lançamento do Comitê de Luta.  Ele bateu forte no programa “eleitoreiro”, de ajuda a caminhoneiros e inscritos em programas sociais, criado pelo governo federal e aprovado por senadores e deputados. “É um programa criado pra terminar em 31 de dezembro deste ano. Ou seja, o caráter eleitoreiro está muito claro.”

Para o deputado, o “nosso papel” é tentar esclarecer isso para o cidadão. “O PT votou a favor porque temos de ser coerentes: sempre defendemos o auxílio de R$ 600,00, Não seria agora que não votaríamos a favor, mesmo com o caráter eleitoreiro. Vamos fazer que nem o Lula fala: deixa o povo pegar o dinheiro, comprar o que tem de comprar e dar uma banana pro Bolsonaro”.

A importância dos Comitês de Luta, segundo o deputado, é que com eles é possível “dialogar com o povo de forma organizada”. Ele avisa que as atividades de ruas não têm mais espaço para o militante heróico. “Precisamos ir juntos.” Assim, segundo ele, é preciso ter responsabilidade com a própria vida neste momento em que o governo ajuda a criar um clima de violência e de rompimento democrático no Brasil.

Ele defendeu a candidatura a presidente de Lula, citando o que o próprio Lula disse, que é aceitar esse papel histórico de recolocar o país nos trilhos de uma economia forte em prol da propulação. “Deixa o Bolsonaro falar de armas, vamos falar de livros...vamos falar da comida cara, da geladeira vazia, do aluguel que não está sendo pago.... de programas sociais que ele acabou um a um...”

IGREJA PRESENTE – O Padre Renan, de Ourinhos, também se manifestou de forma veemente.  “Digo que a igreja católica não pode se calar.. Se o povo sofre e passa fome a  igreja também sofre com seu povo. Ela não pode ser indiferente. Estamos juntos na luta por um país melhor, mais justo , fraterno e solidário. Fora Bolsonaro e viva Lula e viva Haddad”.

O secretário Geral da CUT,  Daniel Calazans, conduziu o lançamento do Comitê. Depois de abrir espaços para várias lideranças, também deu voz ao público da platéia. No fim, fez um discurso sobre a necessidade organizar um grande número de pessoas progressistas e que defendem os valores democráticos, “que é o fim da fome, a inclusão de todos, o acesso ao trabalho, à saúde e à educação. São esses valores que nossas famílias defendem e são esses valores que o Comitê de Luta vai trabalhar.”

Telefone: (19) 3397-0993
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