“Vamos lutar até o fim pelos direitos dos trabalhadores”, afirma Vicentina Melo André, responsável pelo posto de atendimento do Sinsaúde em Atibaia. 

 

O hospital se nega a negociar com o Sinsaúde e os trabalhadores estão com seus salários sem reajuste desde o ano passado. O Sindicato entrou na Justiça contra a Rede D’Or - e ainda espera decisão – pelo reajuste de 11,90% do ano passado. Este ano, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), utilizado para reajustar o salário dos trabalhadores da saúde, foi de 3,74%, mas ainda não foi aplicado aos salários. O Piso Nacional da Enfermagem deveria começar a ser pago em outubro, mas até agora nada. 

 

Os profissionais estão protestando de forma pacífica ao redor do hospital, porém, já foram intimidados com o reforço na equipe de segurança do hospital e instalação de câmeras de vigilância, além da suspensão de alguns funcionários que atuam na instituição.

 

Funcionários temporários

 

“Estão trazendo profissionais temporários para cobrir a greve, um enorme descaso com a categoria que trabalha na linha de frente do hospital. Queremos que paguem o que é direito dos trabalhadores, a categoria merece valorização!”, afirma o diretor Jurídico do Sindicato, Paulo Gonçalves. 

 

A greve já dura quatro dias e representantes do Sindicato e trabalhadores do hospital aguardam o fim do impasse. “São dois anos sem aumento salarial, além do não cumprimento da Lei do Piso da Enfermagem.

 

Esperamos uma proposta condizente na audiência junto ao MPT para podermos apresentar aos trabalhadores em assembleia”, explica a vice-presidente do Sinsaúde, Juliana Karine Machado Rodrigues.

 

Já a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento, afirma que os trabalhadores devem continuar firmes na luta. “Não podemos recuar, nossa luta é por nossos direitos e por valorização. O Sindicato está junto dos trabalhadores e faremos de tudo para alcançar o melhor para a categoria”, frisa.

Fonte: Sinsaúde Campinas