Em 2024, o Brasil registrou quase meio milhão de afastamentos do trabalho por questões de saúde mental, marcando um aumento de 68% em relação ao ano anterior, segundo dados do Ministério da Previdência Social, divulgados em matéria do Jornal da USP.
Esse crescimento reflete o impacto da pandemia de Covid-19, que aumentou a incidência de transtornos mentais, e mudanças no ambiente de trabalho, como avanços tecnológicos e crises econômicas, que elevaram as exigências no trabalho, gerando insegurança e estresse.
Tema ainda é um tabu em ambientes de trabalho
A psicóloga Marina Greghi Sticca, da USP, alerta para os estigmas que ainda cercam a busca por ajuda, como o medo de retaliações e demissões, destacando a importância de programas de prevenção e reabilitação nas empresas.
A Lei nº 14.831, em vigor desde março de 2024, incentiva as empresas a promoverem a saúde mental, mas o aumento dos afastamentos indica um problema estrutural, como a pressão por produtividade sem a devida compensação, segundo a professora Luciana Romano Morilas, também da USP.
Luciana alerta que as empresas devem repensar a gestão de produtividade, destacando os benefícios do home office, como maior bem-estar e redução do estresse.
Além disso, a partir de maio de 2025, as empresas serão obrigadas a avaliar riscos psicossociais, como estresse e assédio, e implementar medidas preventivas e corretivas.
A psicóloga Marina também sugere estratégias individuais, como autocuidado, alimentação saudável, práticas físicas, micropausas e técnicas de relaxamento, que podem ajudar a mitigar os impactos do ambiente de trabalho na saúde mental.
Fonte: OLhar Digital