UGT coordena 14º Fórum Sindical do BRICS em Brasília com foco em transição justa, inteligência artificial e cooperação internacional

24/04/2025

 Nos dias 23 e 24 de abril de 2025, Brasília será palco de um dos mais importantes encontros internacionais da classe trabalhadora: o 14º Fórum Sindical do BRICS. Organizado pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), o evento marca um novo ciclo de liderança das centrais sindicais brasileiras no BRICS Sindical, em sistema de rodízio, e reafirma o papel do Brasil como protagonista no debate global sobre trabalho, justiça social e sustentabilidade.

 
 
A UGT assume a coordenação do fórum em um momento estratégico, tanto nacional quanto internacionalmente. Para Ricardo Patah, presidente nacional da Central, o encontro simboliza a responsabilidade que o movimento sindical tem diante das grandes transformações do nosso tempo. “Temos falado cada vez mais sobre transição justa e inteligência artificial. Esses temas são urgentes. O mundo está passando por profundas mudanças, tanto climáticas quanto nas dinâmicas do trabalho. Precisamos estar preparados para proteger as pessoas. Este fórum é uma oportunidade de unir saberes, estratégias e solidariedade entre os trabalhadores dos países do BRICS”, afirmou Patah.
 
 
A solenidade de abertura do Fórum teve início com uma singela, porém significativa homenagem ao Papa Francisco, falecido recentemente aos 88 anos. O líder espiritual foi lembrado por seu incansável compromisso com a justiça social e com a dignidade humana. Em sua trajetória, o Papa declarou: “Digamos juntos, de coração: nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhuma pessoa sem a dignidade que o trabalho dá”. A frase foi lida por lideranças sindicais presentes como um marco do compromisso humanitário que norteia os debates do BRICS Sindical.
 
 
Lourenço Ferreira do Prado, secretário de Relações Internacionais da UGT, destacou a importância da cooperação entre os países membros. “O BRICS Sindical é a materialização da luta da classe trabalhadora em tempos de globalização. É uma ação concreta que rompe com fronteiras geográficas, idiomáticas e culturais para promover a solidariedade internacional. E assumir a coordenação num momento em que o Brasil se prepara para sediar a COP 30, em Belém, a primeira Conferência do Clima realizada na floresta amazônica, é simbólico e estratégico. É um sinal de que o Brasil quer liderar um novo tempo para o planeta e para os trabalhadores”, afirmou Lourenço.
 
 
A programação do Fórum conta com painéis temáticos sobre a regulação da inteligência artificial, impactos da automação no emprego, mudanças climáticas e os desafios da transição energética. Também está sendo discutida a criação de políticas públicas globais voltadas à economia verde e à justiça social. O evento visa fortalecer o diálogo sindical entre os países do BRICS e seus novos membros, promovendo intercâmbio de experiências e a construção de agendas comuns que valorizem o trabalho decente e os direitos humanos.
 
 
Além das lideranças da UGT, como o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social, Isaú Joaquim Chacon, Alexandra Vasconcellos Lucena de Assis Chacon, e Maria Leiza Torres, o encontro reúne representantes das principais centrais sindicais brasileiras (CSB, CUT, CTB, Força Sindical e Nova Central), além de delegações sindicais da Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã e outras nações convidadas.
 
 
O 14º Fórum Sindical do BRICS confirma o papel do sindicalismo internacional como força estratégica na construção de um futuro mais justo, inclusivo e sustentável. Ao assumir a liderança do BRICS Sindical, a UGT reitera seu compromisso com a democracia, com a cooperação entre os povos e com a dignidade do trabalho como base para o desenvolvimento humano global.
 
Fonte: UGT
 

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